Mais de 200 mil caminhões tem mais de 30 anos de uso

CNT e outras entidades entregam ao governo Programa Nacional de Renovação de Frota

No último dia 25 foi entregue ao governo federal uma proposta para renovar a frota de veículos pesados no Brasil. Os responsáveis por essa proposta foram as entidades do setor automotivo, da indústria metalúrgica, a Confederação Nacional do Transporte (CNT) e entre outras. De acordo com os responsáveis pelas entidades, esses veículos têm tecnologia ultrapassada e poluem mais do que caminhões novos. Também contribuem para aumentar os riscos de acidentes e os congestionamentos porque apresentam defeitos mecânicos com maior frequência.

Com base no Plano Nacional de Renovação de Frota de Caminhões (RenovAR), desenvolvido pela CNT, foi entregue a  proposta à Casa Civil e ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior é voltada para os caminhoneiros autônomos. De acordo com o presidente da CNT, senador Clésio Andrade, “Há vários anos, a Confederação Nacional do Transporte vem unindo esforços para sensibilizar o governo e outras entidades públicas e privadas sobre a necessidade de o Brasil implantar esse plano de renovação, pois essa é uma urgência do país sob os aspectos social, ambiental e econômico”.

A frota com mais de 30 anos é representada por 89% dos caminhoneiros autônomos. Entretanto, eles têm dificuldades na aquisição de um veículo novo. “A expectativa da CNT e das outras entidades que compõem o grupo é que o governo federal disponibilize linhas de financiamento especiais por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com mais facilidades de acesso ao crédito”, diz o senador Clésio Andrade. Também está inserida na proposta a disponibilização de benefícios fiscais e a necessidade de o governo regulamentar os centros de reciclagem de veículos.

A  proposta prevista no Programa Nacional de Renovação de Frota funciona da seguinte forma: o caminhoneiro autônomo entrega o seu caminhão de mais de 30 anos a um centro de reciclagem e recebe um crédito tributário de R$ 30 mil e uma certificação de que o veículo foi destruído. Com esse documento, ele adquire um caminhão novo em alguma concessionária em condições especiais de financiamento, com juros baixos e prestações com valores mais atraentes.

Ele tem ainda a possibilidade de trocar o veículo por outro caminhão usado, com até 10 anos. A expectativa é que em menos 10 anos a atual frota de caminhões com mais de 30 anos esteja renovada. O governo federal se comprometeu a analisar internamente a proposta das entidades e deve apresentar um cronograma de implantação do programa.

Fonte: Na Boléia

IPVA de veículos usados vai cair 5,16% em SP, menos que neste ano

Os donos de veículos usados pagarão, em média, 5,16% menos IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) para licenciá-los no Estado de São Paulo em 2014. Neste ano, a queda média foi de 8,56%.

O percentual de queda é em termos nominais, ou seja, sem considerar a inflação. Quando se computa a inflação, estimada entre 5% e 6% para este ano, a queda real ficará em torno de 11%, em média.

A tabela com os valores venais (de mercado) dos veículos foi divulgada ontem pela Secretaria da Fazenda paulista. Os valores servirão de base para o cálculo do IPVA de 2014. A pesquisa de preços dos veículos foi realizada pela Fipe em setembro (foram pesquisados 10.795 diferentes marcas, modelos e versões de veículos).

Os 5,16% representam a queda média considerando todos os tipos de veículo, como automóveis, motos, utilitários, ônibus e caminhões, segundo a Fazenda paulista.

Os automóveis terão a maior queda média entre todos os tipos de veículo. Segundo a Fazenda, a queda em 2014 será de 5,43% (neste ano, 9,89%). As motos pagarão 5,08% menos (mesmo percentual deste ano); os ônibus e micro-ônibus, 2,03% (8,72%); os utilitários, 4,29% (8,57%); e os caminhões, 4,66% (10,55%).

Apesar de pagar menos para licenciar seus veículos, os proprietários não devem comemorar. É que, como o imposto é calculado sobre o valor de mercado, significa que o patrimônio dos contribuintes está valendo menos.

Segundo Edison Eugênio Peceguini, diretor-adjunto da Diretoria de Arrecadação da Fazenda, o principal motivo para a queda do IPVA foi a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) concedida pelo governo federal para alguns modelos de veículos zero.

Com os veículos novos custando menos, o preço dos usados também cai. É que, em geral, o veículo usado é dado como entrada para a compra de um novo.

Outra razão para a queda do tributo é a consequente desvalorização dos veículos usados.

A Fazenda diz que 93,6% dos donos de veículos ou pagarão menos em 2014 ou o mesmo valor pago neste ano.

Cronograma – O pagamento do imposto (primeira cota ou parcela única, com desconto de 3%) começa em 13 de janeiro para os donos de veículos de passeio, camionetes, ônibus, micro-ônibus e motos com placas de final 1 .

Entre 13 e 24 de fevereiro vence o pagamento da parcela única, sem desconto, ou da segunda cota.

Nesses mesmos dias, em março, vence o pagamento da terceira parcela.

A partir da segunda quinzena de dezembro, a Fazenda enviará cerca de 16 milhões de avisos de vencimento aos donos dos veículos registrados no Detran de São Paulo.    

Fonte.: Folha de S. Paulo 

Novos Focus e EcoSport ficam entre os veículos mais seguros

A avaliação é de um programa independente e imparcial de avaliação de carros novos para América Latina e Caribe


Os novos Ford Focus e Ford EcoSport encontram-se entre os mais seguros automóveis comercializados no Brasil, segundo testes realizados pelo Latin NCAP, um programa independente de avaliação de carros novos para a América Latina e Caribe, incentivando os fabricantes a melhorar o desempenho de segurança de seus veículos e estimulando os governos a aplicar as regulamentações exigidas da ONU para os testes de colisão de carros de passageiros.

Os testes do programa seguem a norma internacional UNECE94 do WP29 da ONU. A colisão é realizada a 64 km/h contra uma barreira deformável descentralizada, que atinge 40% da parte dianteira do veículo. Após o impacto, sensores medem os efeitos do choque sobre dois manequins de tamanho adulto (que ocupam os bancos dianteiros) e outros dois que simulam a presença de uma criança de três anos e outra de um ano e seis meses nos assentos traseiros. Nos testes, os dois veículos receberam nota máxima em segurança (5).

O EcoSport é o primeiro carro fabricado no Brasil a obter essa classificação e, junto com o Focus, que somou a maior pontuação do programa, são os primeiros produzidos na América do Sul a receber 5 estrelas da entidade internacional, que realiza “crash-tests” nos veículos e mede o impacto sobre os seus ocupantes, utilizando sensores e manequins.

Na proteção para adultos ele somou 14,64 pontos, de 17 possíveis, e recebeu três estrelas na proteção para crianças (com 31 pontos de 49 possíveis). Ele é o único da categoria preparado para fixação de cadeiras de criança tipo Isofix, com padrão de segurança internacional, que contribuiu para a sua pontuação. Além disso, conta com controles ativos para evitar acidentes e garantir o controle do veículo em diversas condições de rodagem.

A carroceria do veículo utiliza boro nas colunas centrais, aço de ultra-alta resistência nas travessas dianteiras e aço de alta resistência nas colunas dianteiras e no assoalho – combinação de materiais que permite direcionar as energias de impacto para fora da cabine em caso de colisão, formando uma célula rígida em torno dos ocupantes. A coluna de direção, os paineis das portas e o porta-luvas trazem sistemas de absorção de energia de impacto.

O veículo vem com airbags dianteiros de série e tem airbags laterais e de cortina como opcionais, além de cintos de segurança com limitador de carga, que reduz os riscos de danos ao tórax por excesso de desaceleração; cinto do motorista com pré-tensionador e sensor de afivelamento e portas com sistema de destravamento em caso de colisão com acionamento do airbag.

O Focus, por sua vez, é considerado o carro mais avançado na categoria segurança e já havia recebido cinco estrelas no programa NCAP da Europa bem como do National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA) e “Top Safety Pick” do Insurance Institute for Highway Safety (IIHS), dos Estados Unidos.

Nos testes, o veículo somou 16,52 pontos de 17 possíveis na proteção para adultos e recebeu 4 estrelas na proteção para crianças, com 38,06 pontos de 49 possíveis. A avaliação mostra que o veículo feito na América do Sul não difere em nada nesse aspecto ao produzido na Europa, Estados Unidos ou Ásia. Vem com sistemas avançados de proteção ativa e passiva para os ocupantes e pedestres; carroceria que incorpora um sistema de chassi avançado, com alta rigidez torcional, baixo peso e aplicação de aços de ultra-alta resistência em pontos críticos. Mais da metade da estrutura do Focus é feita com aço de alta resistência e ultra-alta resistência – aço com boro e “dual phase”, com espessura de 1,4 a 2,7 mm -, sem aumento de peso, para garantir a integridade dos ocupantes em caso de impacto.

Outros fatores de segurança são freios ABS com distribuição eletrônica e auxílio de frenagem de emergência; dois, quatro ou seis airbags (frontais, laterais e de cortina), com sensores para o passageiro dianteiro; cintos de segurança de três pontos, incluindo pré-tensionador, ajuste de altura e aviso visual e sonoro de afivelamento para o motorista e o passageiro da frente.

Fonte: Canal do Transporte

Curso do SEST/SENAT para motorista de carga indivisível tem baixa adesão

As empresas interessadas estão criticando a barreira burocrática para efetuar a matrícula dos motoristas

Restando 150 dias para o início para motorista de carga indivisível, segundo as unidades do SEST/SENAT, quase nenhuma turma atingiu o limite mínimo de 10 alunos. As empresas interessadas estão criticando a barreira burocrática para efetuar a matrícula dos motoristas.

Vale ressaltar que dificilmente o prazo de 180 dias, dos quais já transcorreram 30 dias, será prorrogado pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito).

O Sindipesa (Sindicato Nacional das Empresas de Transporte e Movimentação de Cargas Pesadas e Excepcionais) emitiu comunicado recomendando que as empresas interessadas entrem em contato com as unidades do SEST/SENAT mais próximas da sede da transportadora, informem-se sobre a agenda de cursos e dos procedimentos necessários para a matrícula dos seus motoristas.

Também foi sugerido para que o departamento de RH das transportadoras levem à coordenação de cursos das unidades do Sest Senat mais próximas as dificuldades em atender os horários disponibilizados e negociar datas que melhor atendam às necessidades da empresa.

Para fazer o curso vários documentos são exigidos. Os mais complicados para obtenção são o original do prontuário de habilitação para fins de direito e o original da certidão negativa de distribuição. Eles, porém, têm prazo de validade de 90 dias, portanto a recomendação do Sindipesa é que os motoristas sejam incentivados a providenciar a documentação independentemente de estarem ou não matriculados.

Fonte: Portal Transporta Brasil

CT-e será obrigatório a partir de 1º de dezembro

Após esta data, não será mais possível a utilização do Conhecimento de Transporte em meio físico para mercadorias que transitem em todo o País

O CT-e (Conhecimento de Transporte Eletrônico), sub-projeto do SPED (Sistema Público de Escrituração Digital), passará a ser obrigatório para todas as transportadoras a partir do próximo domingo, 1º de dezembro.

Após a data estipulada, não será mais possível a utilização do Conhecimento de Transporte em meio físico para mercadorias que transitem em todo o País por meio de qualquer modal.

A finalidade do uso do Conhecimento Eletrônico é acelerar o procedimento e trazer maior segurança na troca de informações por meio do documento. Com isso, o motorista, nos postos de fiscalização interestaduais, bastará mostrar uma impressão do CT-e que o fiscal localizará o registro da viagem e dados referentes à venda das mercadorias. Mas Já no caso do transportador autônomo será necessário que as informações sobre vale-pedágio também sejam inseridas no Conhecimento Eletrônico, assim, outros órgãos como a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) poderão fiscalizar se o embarcador está pagando a tarifa do pedágio.

Além de estar credenciada para emitir o CT-e junto à Secretaria da Fazenda do seu Estado, a transportadora deve se inscrever nas demais unidades da federação onde opere, bem como possuir certificado digital emitido por Autoridade Certificadora autorizada pelo ICP-BR, adaptar seu sistema de faturamento para a emissão do novo documento eletrônico ou – em se tratando de empresa de pequeno porte – utilizar o Emissor de CT-e.

Fonte: Portal Transporta Brasil

Tarifas de pedágio ficam mais caras neste domingo

Sem qualquer indício de avanço nas negociações entre concessionárias e governo do Estado, as tarifas de pedágio das rodovias do Anel de Integração devem subir a partir da zero hora de domingo (1.º/12). O reajuste anual é previsto em contrato. A Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias (ABCR) informou que as seis empresas encaminharam os cálculos ao Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e à Agência Reguladora do Paraná (Agepar) na semana passada, mas os índices de aumento pleiteados não foram revelados.

A homologação dos valores compete agora à Agepar, cujo conselho se reuniu na tarde de ontem para analisar as planilhas apresentadas pelas pedageiras. A assessoria do órgão informou que os percentuais só deverão ser divulgados hoje. A fórmula para definição do custo do pedágio é complexa e inclui, além dos serviços de manutenção, conservação, restauração, melhorias, serviços médicos emergenciais, resgate mecânico, inspeção de tráfego, apoio 24 horas e atendimentos a incidentes, também investimentos em obras de grande porte.

A composição das tarifas do pedágio do Paraná é a soma do custo de todos esses serviços e obras, calculados por quilômetro, acrescidos das despesas administrativas e com pagamentos de impostos, seguros e financiamentos.

Pressão

Enquanto Estado e pedageiras não chegam a acordo sobre a revisão dos contratos, o Tribunal de Contas da União (TCU) pressiona o DER para rever os documentos. Em depoimento ontem de manhã na CPI do Pedágio da Assembleia Legislativa, o auditor federal Davi Ferreira Gomes Barreto, secretário de Fiscalização de Desestatização e Regulação de Transportes do TCU, reafirmou que os contratos de concessão de pedágio no Paraná precisam ser reequilibrados, ou seja, as tarifas de pedágio terão que ser revistas e reduzidas.

Segundo ele, o acórdão 346/2012 do TCU é claro ao mostrar ao DER a necessidade de um estudo para comprovar o tamanho do desequilíbrio. “Nossa preocupação é que os desequilíbrios não permaneçam e que o usuário pague um preço justo”, declarou. O prazo de um ano dado para o Estado equilibrar os contratos e inserir uma cláusula de revisão periódica do valor da tarifa já expirou. O Paraná pediu mais seis meses para cumprir as determinações do TCU. O prazo ainda não foi julgado pelo plenário.

Fonte.: Paraná Online

Para 54% das empresas, rodovia é pior fator do custo brasil

A burocracia e a falta de mão de obra qualificada são grande obstáculos para a logística brasileira, mas não os principais. 54,5% dos líderes de empresas consultadas pela Fundação Dom Cabral citam “estradas em más condições” como um fator “muito importante” para a formação do custo logístico – é a resposta mais comum.

O estudo foi feito com 126 empresas que, juntas, respondem por um quinto do PIB brasileiro. 43% delas faturam mais do que 1 bilhão de reais.

62% concordam que a “melhora nas condições rodoviárias” é uma ação muito importante para resolver o problema da logística brasileira. Nesse quesito, a recomendação vencedora foi “melhor gestão das ferrovias com integração multimodal”.

Custos

A FDC nota também que o custo logístico devora 13,1% da receita bruta das empresas pesquisadas – em setores como construção, a perda ultrapassa 20%.

No total, o custo logístico do Brasil atinge aproximadamente 12% do PIB, de acordo com Paulo Resende, do Centro de Estudos para Infraestrutura e Logística de Belo Horizonte.

Na Europa, essa taxa é de 6% e nos EUA, gira em tono de 8% do PIB.

Isso significa que se tivéssemos a eficiência americana nesse campo, nossa economia ganharia 83,2 bilhões de dólares por ano.

Fonte.: Exame

Honda inicia obras e traz nova geração do Fit ao país

 


A Honda começou oficialmente ontem as obras de sua segunda fábrica brasileira, que será erguida em Itirapina, no interior paulista, para dobrar a capacidade de produção no país. Após se encontrar com a presidente Dilma Rousseff na segunda-feira, o chefe global da montadora japonesa, Takanobu Ito, participou ontem da cerimônia de pedra fundamental, que marcou o início da construção da fábrica, e aproveitou o evento para confirmar a produção no local da nova geração do compacto Fit, lançada em setembro no Japão e com início das vendas no mercado brasileiro previsto para meados de 2014.

A futura linha deverá produzir ainda o Vezel, utilitário esportivo derivado do Fit que foi apresentado semana passada no salão do automóvel de Tóquio. A nacionalização desse carro – que poderá ter outro nome no Brasil – também foi confirmada ontem pela direção da Honda. Mas, nesse caso, tanto a futura linha de Itirapina como a fábrica de Sumaré (SP), que produz automóveis da marca há 16 anos, têm condições de produzir o modelo, informaram diretores da Honda. Enquanto a segunda fábrica não estiver pronta, a produção do Fit, incluindo a nova linha a ser lançada no Brasil em 2014, continuará sendo feita em Sumaré, junto com os sedãs City e Civic. A empresa, porém, não descarta montar o modelo nas duas unidades se houver necessidade.

Os investimentos em Itirapina são estimados em R$ 1 bi e adicionam capacidade de produção de 120 mil carros por ano

Mais de três meses após o anúncio do projeto, a Honda celebrou, ontem, o início das obras em Itirapina – a aproximadamente 200 quilômetros da capital paulista – prometendo iniciar a produção no local daqui a dois anos. Ao discursar no evento, Takanobu Ito se esforçou para saudar em português as autoridades presentes – como o governador Geraldo Alckmin (PSDB) – e, na sequência, usou o inglês para ressaltar a importância estratégica do país aos negócios do grupo. “O Brasil é o quarto maior mercado do mundo e esperamos um crescimento ainda maior nos próximos anos com a realização da Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016”, afirmou o executivo, acrescentando que a nova fábrica atende “muito bem” às metas da Honda de vender mais de 1 milhão de carros no mercado brasileiro em um prazo de cinco anos.

Mais tarde, o presidente mundial da Honda se uniu ao governador Alckmin, ao prefeito de Itirapina, José Maria Candido (PMDB), e ao presidente da montadora na América do Sul, Masahiro Takedagawa, para enterrar uma cápsula do tempo no terreno onde a fábrica será erguida – o que tem se tornado tradição em cerimônias do tipo. Cédulas de R$ 1,00, cartões de visitas e um exemplar do dia do jornal local, entre outros objetos, foram inseridos no recipiente, que será aberto daqui a 50 anos. Antes disso, em um prazo bem mais curto, a Honda quer se firmar como uma das principais marcas asiáticas no mercado brasileiro, com uma participação de mercado ao redor de 5% até 2015. Atualmente, a marca responde por 3,8% das vendas de carros de passeio e utilitários leves no país.

Os investimentos em Itirapina são estimados em R$ 1 bilhão e adicionam uma capacidade de produção de 120 mil carros por ano. Na futura fábrica, a Honda, além da montagem de automóveis, terá linhas de pintura, estampagem e soldagem. A produção de motores e componentes plásticos continuará sendo feita apenas no parque industrial em Sumaré.

A montadora deve fechar 2013 com a marca recorde de 140 mil carros fabricados no país. Mas, para chegar a esse volume, a Honda deve que lançar mão de horas extras na fábrica de Sumaré, que está operando no limite da capacidade. Esse foi o principal motivo que levou a empresa a procurar um novo local, junto com as restrições a importações impostas pelo novo regime automotivo, batizado de Inovar-Auto. Além dessa fábrica, o grupo investe ainda R$ 100 milhões na construção de um novo centro de pesquisa e desenvolvimento, que entra em operação no início do ano que vem para adaptar ao gosto do consumidor brasileiro os veículos da marca.

Fonte: Valor Econômico

Anfavea pede incentivos a exportações

 

Um dia após apresentar, junto com outras nove entidades, propostas à renovação da frota nacional de caminhões, a Anfavea, associação que representa as montadoras instaladas no país, entregou ontem ao governo um conjunto de medidas de apoio a exportações de veículos e máquinas.

O programa, batizado de Exportar-Auto, se sustenta em cinco eixos estratégicos e tem como objetivo melhorar o ambiente de negócios no que diz respeito a tributos, financiamento e garantias às exportações. Envolve ainda custos trabalhistas, logística, acordos preferenciais e processos aduaneiros, de forma a simplificar transações de comércio exterior. A Anfavea, porém, não detalha as medidas propostas.

O objetivo é dobrar para 1 milhão de veículos as exportações de veículos até 2017, diminuindo o risco de ociosidade na indústria automobilística ante os investimentos de mais de R$ 75 bilhões realizados pelas montadoras que, entre outros resultados, vão elevar a capacidade produtiva do setor. Em 2012, a indústria automobilística registrou déficit comercial de US$ 10 bilhões, diz a Anfavea.

Na esteira do maior consumo de veículos na Argentina, as exportações de carros produzidos no Brasil mostram recuperação neste ano. Entre janeiro e outubro, os embarques somaram 480 mil veículos, incluindo caminhões e ônibus, uma alta de 30,6%.

O texto do Exportar-Auto foi entregue ao ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, junto com outro projeto que reivindica incentivos a novas tecnologias de propulsão a veículos pesados. Nesse caso, a proposta das montadoras envolve estímulos ao desenvolvimento de novos tipos de motor para caminhões e ônibus – o que inclui sistemas de propulsão elétricos -, junto com incentivos para aquisição e nacionalização dessas tecnologias.

“O projeto para veículos pesados pretende promover a utilização de novas tecnologias, fomentar a pesquisa e o desenvolvimento de cada uma delas e oferecer ao consumidor a possibilidade de conhecer o que há de mais avançado em cuidado com o meio ambiente, eficiência e segurança”, diz a Anfavea. Esses estímulos seriam concedidos apenas a montadoras habilitadas no novo regime automotivo, conhecido como Inovar-Auto.

No total, oito diferentes tipos de propulsão foram incluídos nesse projeto, abrangendo todos os combustíveis utilizados em veículos pesados: biodiesel, biogás, etanol, diesel de cana, energia elétrica, hidrogênio, diesel e gás.

Fonte: Valor Econômico

Log-In deixa projeto portuário em Manaus

 


A Log-In vendeu a participação de 70% que detinha na Lajes Logística para a Sipasa por R$ 5 milhões. A companhia foi constituída em 2008 para a construção e operação de um terminal privativo misto nas proximidades de Manaus.

O projeto, contudo, não saiu do papel. A licença de instalação foi concedida em 2011, mas a implantação foi suspensa pela Justiça. A região onde seria construído o porto é a do encontro das águas entre os rios Negro e Solimões, que chegou a ser alvo de decisão pelo tombamento pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). As obras também são contestadas pelos moradores e entidades. Liminares referentes a esse assunto estão sendo analisadas pela Justiça.

Além da venda para a Sipasa, a Log-In fechou um acordo operacional com a Lajes para utilizar o futuro terminal por 10 anos. Em caso de sucesso na implantação, a companhia ganhará mais R$ 23,5 milhões em dez parcelas anuais. A Log-In informou que até agosto de 2013 investiu R$ 13,8 milhões na companhia. O acordo ainda depende do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Fonte: Valor Econômico